COI anuncia mais disputas de medalhas, sobretudo com competições mistas. Ginástica artística é incluída

O maior sonho da comunidade da ginástica rítmica em Jogos Olímpicos, as finais por aparelhos, não vai se concretizar em Los Angeles. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, nesta quarta-feira (9/4), o programa de eventos das Olimpíadas de 2028. Serão 351 disputas de medalha, 22 mais do que Paris 2024. A GR, no entanto, não foi incluída. Com isso, a modalidade continuará distribuindo apenas duas medalhas de ouro no individual geral e na competição geral de conjuntos.
O aumento no número de provas se deve, principalmente, à inclusão de provas mistas. Além da vela, tiro, triatlo, judô, natação e atletismo, outros cinco esportes ganharam provas em que homens e mulheres competem juntos: ginástica artística, remo, tênis de mesa, atletismo e golfe. A igualdade de gênero foi o fator chave para a decisão sobre as vagas dos atletas e o número de provas.
Não é uma novidade que o COI vem criando medidas para a igualdade de gênero nos Jogos Olímpicos. O fato de a GR ainda não ter competições oficiais para homens é um obstáculo para que mais medalhas sejam colocadas em disputa nas olimpíadas. Enquanto nosso esporte estiver restrito para mulheres, pelo menos em torneios sob chancela da Federação Internacional de Ginástica (FIG), dificilmente o COI vai olhar para a GR da mesma forma como faz com outras modalidades.
Atualmente, muitos homens praticam ginástica rítmica e existem países que organizam competições nas quais os eles competem individualmente ou em provas mistas de conjuntos. A Espanha talvez seja um dos maiores exemplos de inclusão dos homens no universo da GR. Entretanto, não há qualquer previsão para que a FIG inclua provas masculinas de GR no curto ou médio prazos.
A expectativa é de que os Jogos Olímpicos de Los Angeles reúnam 11.198 atletas, sedo 5655 mulheres e 5543 homens, fazendo com que, pela primeira vez, o esporte feminino esteja representado em maior quantidade.