Em entrevista ao site Inside the Games, o presidente da FIG, Morinari Watanabe, afirmou que, para o próximo ciclo 2022-2024, o programa de computação 3D capaz de arbitrar séries de ginástica artística, desenvolvido pela empresa Fujitsu, será estendido para a ginástica rítmica. O objetivo é que o sistema de arbitragem computadorizado sirva para apoiar os árbitros durante as competições, mas não para substituí-los.
Para Watanabe, essa tecnologia contribuirá não apenas para a ginástica, mas para o esporte como um todo, pois, segundo ele, não haverá opacidade na pontuação. Além disso, o sistema poderá ser usado em treinamentos. Segundo o japonês, “ter as pontuações de treinos iguais às de competições possibilitará treinamentos eficientes tanto para ginastas quanto para treinadores”. Para a GA, o sistema já cobre cinco aparelhos e deverá abranger os outro cinco até 2023. Mesmo incompleto, ele já foi usado no Campeonato Mundial de 2019, realizado em Stuttgart.
O presidente da FIG disse ainda que pretende desenvolver um sistema de pontuação em tempo real específico para a ginástica rítmica também em parceria com a Fujitsu. O objetivo é ajudar o público a entender os resultados.
Sobre questões éticas realizadas à ginástica, Watanabe acredita que o mais difícil é mudar a mentalidade das pessoas envolvidas com o esporte: “A ginástica é um esporte tradicional. A cultura tradicional não gosta de mudanças. No entanto, a sociedade de hoje não pode sobreviver a menos que mude. O assédio não é permitido. A desigualdade de gênero não é permitida. Não foi fácil conseguir o entendimento de todos”, disse ele.
Watanabe revelou ainda que gostaria de realizar uma “Olímpiada da Ginástica”, ou seja, fazer com que os campeonatos mundiais de todas as disciplinas aconteçam no mesmo período e na mesma cidade.
Entrevista completa: https://www.insidethegames.biz/…/morinari-watanabe-fig…
Mais sobre o sistema Fujitsu pode ser encontrado nesse vídeo produzido pela FIG: https://www.youtube.com/watch?v=m1kGouKBRxw
